ADMINISTRAR OS RECURSOS HUMANOS.

O gerente como pessoa e conselheiro empresarial

Não importa a área em que trabalhe, seja em finanças, marketing, produção; se você for gerente, é um administrador de recursos humanos. Como isso é possível? Fácil, apenas falta responder à seguinte pergunta: tem funcionários sob sua responsabilidade? Então concordará que deve administrar o potencial de seus funcionários, tempo, habilidades, conhecimentos e, algumas vezes, suas frustrações, seus conflitos e suas emoções mais profundas.
Talvez seja nesta última parte onde refletimos menos, e é uma das áreas que mais afeições podem ter no desempenho individual e de grupo; e é a que não devemos nos esquecer de que as pessoas são seres integrais e, por isso, quando contratamos um trabalhador, ele estará trabalhando com todos os seus sentimentos, problemas familiares, traumas de infância, potenciais e sonhos.
Tem se perguntado: quanto tempo seus funcionários investem em distrações?, em emoções de um problema com seus filhos ou cônjuge?, fofocas e inveja no trabalho? Embora não exista uma estatística precisa a respeito, pense na quantidade de conflitos interpessoais que precisou interferir no último ano e quanto tempo você precisou para solucioná-los sem estar diretamente envolvido no problema.
Agora pense, se você investiu essa quantidade de tempo sem estar envolvido, quanto tempo terão investido as pessoas que participaram diretamente do conflito? Tempo para pensar no que o outro fazia para prejudicá-lo, para gerar rumores, para repetir conversas, etc…
Estar diretamente envolvido ou não é muito importante, visualize a situação: um trabalhador está tendo um “dia ruim”, ou seja, está sem muita vontade de trabalhar ou demonstra tristeza; não consegue desempenhar as suas funções rotineiras, pode ser que seu funcionário esteja envolvido naquelas situações que o envolvem emocionalmente e que, portanto, não lhe permitem concentrar-se adequadamente em suas tarefas.
Neste ponto, é válido perguntar: “e o que eu tenho a ver com as emoções dos meus funcionários?”. A resposta é: depende de você.
Se você aprender a lidar efetivamente com as emoções no trabalho, poderá obter as seguintes vantagens:
- Menos tempo perdido em discussões, fofocas e conflitos interpessoais entre os seus funcionários.
- Menos tempo perdido por dificuldade de concentração de um funcionário por um problema em casa.
- Um ambiente de trabalho positivo, com relacionamentos humanos cordiais.
- Liderança orientada aos resultados e às pessoas.
- O desenvolvimento do potencial emocional próprio e de seus funcionários.
O que se pode fazer para conseguir esse tratamento eficaz da emoção no trabalho? O que o gerente pode fazer é desenvolver habilidades de aconselhamento empresarial.
O aconselhamento empresarial é uma conversa cujo conteúdo é principalmente emocional, feito entre o chefe e o funcionário, onde este busca em seu líder e figura de autoridade um conselho, um esclarecimento ou uma orientação profissional.
  Não pretendo aqui, converter o gerente em psicoterapeuta, pois só devemos nos  limitar a dar opinião, centrando o funcionário no que é mais relevante do problema que ele apresentou, colocando novos elementos que irão permitir que ele melhore o seu entendimento, dando a ele confiança para que tome as decisões necessárias, ajudando a diminuir a tensão emocional, escutando ativamente ou reorientando mudanças internas de valores, propósitos ou metas.
  Sendo assim, o aconselhamento proporcionado pelo gerente não é profissional, ou seja, não é especializado em psicologia, mas, participativo. Isto significa que o gerente não dirá ao funcionário o que fazer, mas, irá repartir  idéias que levarão a pessoa a lidar com seu estado emocional de forma produtiva. Evidentemente isto exige que o gerente desenvolva também o seu potencial emocional.

Existem muitas técnicas para promover relacionamentos positivos no trabalho, diagnóstico de grupos ou comunicação efetiva. Algumas dessas técnicas são a Programação Neurolingüística ou a Análise Transacional entre tantos outros. Os elementos tratados nestas técnicas, estão integrados no modelo de aconselhamento empresarial para promover o desenvolvimento  da inteligência emocional dos funcionários.
Finalmente, independentemente do nível hierárquico que ocupemos na nossa organização, não deixamos de ser pessoas, seres que se desenvolvem em muitos sentidos; dentro dos quais, em função do tempo que dedicamos (pelo menos uma terça parte da nossa vida adulta), o trabalho se torna fundamental para a nossa saúde mental, individual e social.
                                                           BOA SORTE!!!

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